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ToggleO Jantar em Betânia é um episódio de profunda relevância narrado nos Evangelhos de Marcos 14 e João 12. Nesse evento, Maria ungiu Jesus com um valioso perfume de nardo puro, gesto que transcendeu o simples ato de ungir, revelando um profundo simbolismo de adoração verdadeira e entrega a Deus. A significância da unção de Jesus por Maria vai além dos efeitos físicos do perfume, ressaltando a importância da reverência e devoção sincera na relação com o divino. A postura de Maria contrasta com a agitação e preocupação de Marta, sua irmã, destacando a importância da atitude de entrega e adoração pura no caminho espiritual. Assim, o episódio do Jantar em Betânia ressoa como um convite à reflexão sobre a essência da adoração verdadeira e da entrega incondicional a Deus.
📖 Base bíblica: Marcos 14:3-9; João 12:1-8
O episódio do jantar em Betânia é um dos momentos mais marcantes e belos do ministério de Jesus. Em meio a uma refeição na casa de Simão, o leproso, uma mulher entra e realiza um ato que ecoa até os dias de hoje: ela unge Jesus com um perfume caríssimo de nardo puro.
O valor do perfume de nardo puro
O evangelista Marcos destaca que o frasco era feito de alabastro e continha um perfume de altíssimo valor, equivalente a mais de trezentos denários — o salário de um ano inteiro de trabalho. O detalhe impressionante é que esse perfume era importado do Himalaia, uma planta que não poderia ser cultivada em Israel.
➡️ Esse gesto mostra que Maria ofereceu a Jesus o melhor que tinha, algo de valor inestimável, sem reservas.
Ungir a cabeça e os pés de Jesus
Enquanto Marcos registra que Maria ungiu a cabeça de Jesus, João acrescenta que ela também ungiu os pés (João 12:3). Ambos os gestos têm significados profundos:
- Ungir os pés → sinal de humildade, reverência e prostração diante de alguém superior.
- Ungir a cabeça → ato de honra e reconhecimento da dignidade de Cristo.
Maria demonstrava, com esse gesto, que:
- Honrava a Jesus acima de tudo.
- Reconhecia Sua grandeza e dignidade.
A revolta dos discípulos e a verdadeira motivação
Os discípulos, liderados por Judas Iscariotes, se indignaram. João explica que Judas não se preocupava verdadeiramente com os pobres, mas era ganancioso e roubava da bolsa de ofertas (João 12:4-6).
A reação mostra como o inimigo tenta se levantar contra a verdadeira adoração. Satanás conhece o poder da adoração e procura calar aqueles que se entregam a Jesus.
- Indignar = fúria, raiva, irritabilidade.
- Bramar = gritar, acusar, levantar oposição.
👉 A Bíblia nos mostra outros exemplos de como a adoração muda ambientes:
- Davi tocava sua harpa, e o espírito mau se retirava de Saul (1 Samuel 16:14-23).
- Paulo e Silas adoravam na prisão, e Deus enviou livramento (Atos 16:25-28).
- Israel adorava em Gozem enquanto o Egito sofria com pragas (Êxodo 9).
A adoração tem cheiro — João diz que o aroma do perfume inundou toda a casa (João 12:3). Assim também acontece conosco: quando adoramos, o ambiente é transformado.
A defesa de Jesus
Nos versículos 6 a 9, Jesus defende Maria diante das críticas. Ele declara que ela realizou uma boa obra e que ungiu Seu corpo antecipadamente para a sepultura.
Isso nos ensina que toda obra será provada:
“Se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, a obra de cada um se tornará manifesta” (1 Coríntios 3:12-13).
Maria escolheu oferecer algo que permanecesse para a eternidade.
Aplicação prática: oferecer o melhor a Jesus
João registra que Maria guardou aquilo que era mais precioso para o momento certo: ungir Jesus antes de Sua morte. Isso revela o coração de quem entende que nada é mais valioso do que Cristo.
Jesus já havia destacado a escolha de Maria em outra ocasião:
“Maria escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lucas 10:42).
Enquanto Marta estava ocupada com muitas coisas, Maria escolheu estar aos pés do Mestre, e isso se tornou sua marca.
O que aprendemos com Maria em Betânia?
- A adoração verdadeira exige entrega → não é feita com sobras, mas com o melhor.
- A adoração transforma o ambiente → o perfume do nardo inundou a casa, assim como a presença de Deus invade o lugar de adoração.
- A adoração é eterna → Jesus afirmou que o gesto de Maria seria lembrado onde o evangelho fosse pregado.
Conclusão
O jantar em Betânia nos desafia a refletir: o que temos oferecido a Jesus? Será que temos dado a Ele apenas o que sobra, ou estamos dispostos a entregar o que temos de mais precioso?
A adoração de Maria não foi apenas um gesto simbólico, mas uma declaração eterna de amor, honra e entrega total. Que possamos aprender com ela e também oferecer ao Senhor o nosso melhor — porque nada é mais precioso do que Aquele que deu a vida por nós na cruz.